A emblemática campanha anual da Amnistia Internacional, que arrancou dia 9 de novembro, visa apostar numa mobilização mundial que bata todos os recordes dos anos anteriores, incluindo em Portugal onde se visa alcançar pelo menos 300 000 assinaturas em defesa dos cinco casos selecionados para este ano. Expressão máxima da verdadeira essência de união de esforços que é característica da Amnistia Internacional, a Maratona de Cartas é um dos maiores eventos de direitos humanos do mundo.
As cartas estão disponíveis para serem assinadas na Biblioteca da Escola Secundária Pinheiro e Rosa e a atividade conta com a colaboração da Associação de Estudantes.
Fica a conhecer os casos deste ano e, se ainda não assinaste... DE QUE É QUE ESTÁS À ESPERA?????
Acusado por proteger a floresta tropical de Madagáscar
Clovis Razafimalala faz tudo o que está ao seu alcance para proteger a ameaçada floresta tropical de Madagáscar. As suas árvores de pau-rosa são valiosos recursos que se encontram ameaçados por uma corrupta rede de traficantes empenhada em vendê-los, uma prática que se tornou num verdadeiro comércio ilegal multimilionário. A coragem de Clovis em salvar esta rara árvore cor de rubi trouxe-lhe muita atenção indesejada, já que os traficantes o consideram um alvo, e o governo opta por ignorar a situação. Clovis encontra-se atualmente a cumprir pena suspensa em liberdade, após uma condenação com base em acusações falsas.
Veja o Clovis tem para nos dizer aqui.
Enfrentam acusações por protestarem contra crimes de guerra
Farid al-Atrash e Issa Amro querem o fim dos colonatos israelitas – um crime de guerra que resulta dos 50 anos de ocupação do território palestiniano. Dedicados ao ativismo pacífico, os dois enfrentam ataques constantes por parte dos soldados israelitas e dos colonos. Em fevereiro de 2016, Issa e Farid protestaram pacificamente contra os colonatos e a ocupação israelita, face ao encerramento de uma rua onde se localizava um dos principais mercados para palestinianos. Consequentemente, enfrentam agora absurdas acusações formuladas para impedirem que o seu trabalho em direitos humanos continue.
A sua mensagem não será esquecida! Veja aqui o que Farid e Issa têm para nos dizer.
Presos por defenderem os direitos humanos
Neste preciso momento encontram-se em perigo 11 pessoas que dedicaram a sua vida a defender os direitos humanos de jornalistas, ativistas e outras vozes críticas na Turquia. Entre esses 11 DDH encontram-se Taner Kılıç e İdil Eser, da Amnistia Internacional na Turquia, e Özlem Dalkıran da Avaaz e da Citizens’ Assembly. Conhecidos como os 10 de Istambul, em conjunto com Taner Kılıç, Presidente da Amnistia Internacional na Turquia, todos se encontram sob investigação de crimes relacionados com terrorismo – uma tentativa ridícula de travar o seu ativismo em direitos humanos. Podem enfrentar até 15 anos de prisão.
Veja aqui o que já foi conseguido até ao momento.
Recusa-se a permitir que a polícia fique impune
Shackelia Jackson não vai desistir. Quando o seu irmão Nakiea foi alvejado pela polícia Shackelia iniciou uma corajosa luta para que fosse feita justiça, ainda que para isso dependa de um sistema judicial muito lento. Ao iniciar este processo, ela reuniu dezenas de pessoas cujos familiares foram assassinados de forma semelhante. Em resposta, a polícia tem continuamente perseguido e intimidado a sua comunidade.
Mas Shackelia não será silenciada. Veja aqui o que ela tem para nos dizer.
A coragem de lutar pelo direito de sermos nós próprios
Sakris Kupila nunca se identificou como uma mulher. Contudo, este estudante de medicina de 21 anos, enfrenta perseguições diárias uma vez que os seus documentos de identidade afirmam que ele é mulher – o género que lhe foi atribuído à nascença. Para que possa completar o processo de mudança é lhe legalmente exigido que seja diagnosticado com um “distúrbio mental” e que seja esterilizado. Sakris opõe-se a este tratamento humilhante e, apesar de todas as ameaças e hostilidade, continuará a exigir que a lei seja alterada.
Sakris não vai desistir. Veja aqui a mensagem de Sakris para todos nós.
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