KAZUO ISHIGURO
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Nascido a 8 de novembro
de 1954, o autor de 62 anos mudou-se aos cinco com a família do
Japão para o Reino Unido, quando o pai foi aceite como investigador
no National Institute of Oceanography, em Southampton. Foi educado numa
escola de rapazes em Surrey, e após ter-se licenciado em 1978 com uma
especialização em língua inglesa e filosofia na Universidade de Kent, na
Cantuária, trabalhou como assistente social nos bairros mais pobres de
Londres. Em 1980, obteve um mestrado em escrita criativa pela
Universidade de East Anglia. Três anos depois, foi incluído na lista de
melhores jovens escritores britânicos.
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Depois da publicação do seu primeiro romance, “As Colinas
de Nagasaki”, (1982), Kazuo Ishiguro “tem sido um escritor a tempo inteiro”,
como sublinhou a Academia Sueca. Longe de ser um autor prolífico, como o júri
notou, a sua escrita “é marcada por uma expressão cuidadosamente
contida, independentemente dos acontecimentos que retrata”. À semelhança do que
viria a acontecer na sua segunda obra, “Um Artista do Mundo Transitório”
(1986), editada em Portugal pela Livro Aberto, o romance de estreia tem a sua
acção na cidade onde o escritor nasceu, alguns anos depois da Segunda Guerra
Mundial e da devastação provocada pela bomba atómica dos EUA.
Ishiguro tem nove livros publicados, incluindo “Os Despojos
do Dia”, livro com o qual venceu o Booker Prize, em 1989 e que foi adaptado ao
cinema em 1993 por James Ivory, com Anthony Hopkins e Emma Thompson como
protagonistas. Outro livro que mereceu alguma projecção foi “Nunca me Deixes”
(2005), um romance distópico adaptado ao cinema em 2010.
Desde então, a obra do autor tem sido dada a conhecer ao
público português pela Gradiva, sendo “Nocturnos” (2009) e “O Gigante
Enterrado” (2015) os dois livros mais recentes do autor.
Segundo a secretária permanente da Academia Sueca Sara
Danius anunciou em Estocolmo, “o Nobel da Literatura de 2017 foi atribuído a
Kazuo Ishiguro e aos seus romances de grande força emocional, que revelam o
abismo da nossa ilusória sensação de conforto em relação ao mundo”.
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